quinta-feira, 28 de maio de 2009

Significado de algumas expressões populares

Acabou em Pizza:
Expressão muito utilizada na política, empregada quando algo errado é julgado em que todos os envolvidos saem impunes.

O termo teve origem no futebol, na écada de 60 em que alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver seus problemas. Horas de brigas e discussões se passaram e eles começaram a sentir fome. Sendo assim decidiram ir para uma pizzaria beberam muito e pediram 18 pizzas gigantes.
Depois foram para a casa e...que coisa...a paz reinou absoluta. Após esse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava na Gazeta Esportiva, fez a seguinte manchete: “Crise do Palmeiras termina em pizza”. Daí em diante a expressão pegou.


Casa da Mãe Joana:
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase "casa da mãe Joana" ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.


Conto do Vigário:
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.


Cor de burro quando foge:

Várias espécies animais se transformam quando ameaçadas. O camaleão muda de cor. O polvo solta uma tinta escura que funciona como camuflagem. Não é esse o caso do burro. Portanto, a frase, muito usada em todo o Brasil para tratar de uma cor indefinida, não tem explicação no comportamento do bicho. A resposta mais provável para a origem do termo está em um registro feito no começo do século 20 pelo gramático Antônio de Castro Lopes, que documentou o uso popular da construção "corro de burro quando foge". A repetição provocou uma frase que não faz o menor sentido, e que mesmo assim ficou consagrada.


Chegar de mãos abanando:
A expressão tem origem na época de intensa imigração para o Brasil, onde os imigrantes deveriam ter suas próprias ferramentas para trabalhar. Os que não as possuíam "chegavam de mãos abanando", sinal de que não estavam dispostos ao trabalho, já que não traziam as ferramentas consigo.


Dor de cotovelo:
Geralmente utilizada para aqueles que tem alguma decepção amorosa. Seu significado tem origem na imagem de uma pessoa sentada em um bar com os cotovelos apoiados no balcão lamentando-se da má sorte amorosa.
Em teoria essa pessoa ficaria com os cotovelos doendo. Eis que surgiu a expressão.


Entrar com o pé direito:
A tradição de entrar em algum lugar com o pé direito para dar sorte é de origem romana. Nas grandes celebrações romanas, os donos das festas acreditavam que entrando com o pé direito, evitariam contratempos durante a festa. A palavra “esquerda” significa, em latim, sinistro. Daí a crença do lado obscuro dos inocentes pés esquerdos.


Fazer nas coxas:
Na época do Brasil colônia, as telhas das casas dos senhores eram feitas de barro e moldadas nas coxas dos escravos. Obviamente os negros não eram todos do mesmo tamanho então as telhas ficavam cada uma de um tamanho. A partir daí surgiu a expressão que significa que algo é mal feito.


Fazer vaquinha:
Essa expressão tem origem no jogo do bicho e no futebol. Nas décadas de 20 e 30 os jogadores não recebiam salário, então a torcida se juntava e arrecadava dinheiro para comprar um prêmio para os jogadores.
Geralmente os prêmios eram associados ao jogo do bicho, por exemplo: quando iam arrecadar cinco mil réis, chamavam a bolada de “cachorro”, pois o número cinco representava o cachorro no jogo do bicho. Como o prêmio máximo do jogo do bicho era vinte e cinco mil réis, e isso representava a vaca, surgiu o termo popular “fazer uma vaquinha”, ou seja, tentar reunir o máximo de dinheiro possível para um fim específico.


Guardado a sete chaves:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto, eram apenas quatro chaves.
O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” para designar algo muito bem guardado.


Jurar de pés juntos:
A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado até dizer a verdade. Até hoje, o termo é empregado para expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.


Lágrimas de crocodilo:
O termo, que significa que uma pessoa está fingindo o choro, surgiu justamente do animal crocodilo, que quando está devorando suas presas faz uma pressão tão forte no céu da boca que ativa as glândulas lacrimais e dá a impressão de que está chorando.


Motorista Bareiro:
A expressão usada para caracterizar maus motoristas teve início por volta do século XIX época em que os barbeiros não só cortavam cabelos como também faziam outros tipos de trabalho, como extraíam dentes e cortavam calos.
Já que não eram proficionais, seus serviços deixavam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. Este termo veio de Portugal, contudo, a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.


Memória de Elefante
O elefante lembra de tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atrações do circo. Diz-se que as pessoas que se recordam de tudo tem memória de elefante.


Olhos de Lince
Ter olhos de lince significa enxergar longe, uma vez que esses bichos têm a visão apuradíssima. Os antigos acreditavam que o lince podia ver através das paredes.


OK:

A expressão inglesa “OK” (okay), mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, nos EUA. Durante o conflito, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam em uma placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação. Foi assim que surgiu o famoso “OK”


Onde Judas perdeu as botas:
A expressão "onde Judas perdeu as botas" é usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
Existe uma história não comprovada, que relata que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as mesmas.
Acredita-se que foi assim que surgiu a expressão popular


Pensar na morte da Bezerra:
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados.
Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte do mesmo. Após alguns meses o garoto morreu.


Sem Eira Nem Beira

Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

Tirar o cavalo da chuva:
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, deixavam o cavalo ao relento, em frente à casa do anfitrião. Caso a visita fosse demorar, colocavam o animal nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol.
Contudo, o convidado só poderia pôr seu cavalo protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.


Vai pentear macacos:

Dirigida a alguém que está incomodando, essa expressão, cujo significado pode ser resumido como "vá chatear outra pessoa", teve sua origem no provérbio português "mal grado haja a quem asno penteia", registrado pela primeira vez em 1651, em Portugal. Nessa época, pentear ou escovar animais de carga, como burros e jumentos, não era uma tarefa bem vista, já que esse tipo de animal não precisava estar lustroso nem penteado para executar sua tarefa.
"Vá pentear macacos" é uma adaptação brasileira desse provérbio de Portugal. Como os portugueses, até a metade do século 17, desconheciam o termo macaco e usavam a palavra bugio para se referir a esse animal, criaram lá a expressão "vá bugiar", que tem significado semelhante ao nosso "vá pentear macacos" e é usada até hoje em Portugal e em algumas localidades do Brasil.

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